A cidade branca
Não, não é Gondor, mas Arequipa também é conhecida como a cidade branca. Isso é devido ao fato da cidade estar posicionada em uma região vulcânica, mais precisamente entre três vulcões (que ainda não estão extintos). A maioria das construções da cidade são feitas com pedras vulcânicas que têm cor branca, daí o nome.
Mas Arequipa é a segunda cidade mais populosa do Peru, atrás apenas de Lima, e como toda grande cidade, desfruta de uma melhor infra-estrutura, ams também possui problemas como trânsito e violência. Apesar de não termos passado por nenhum problema, é aconselhável mais cuidado à noite.
Historicamente, a região era ocupada pelo povo Aymara desde o quinto milênio antes de Cristo, até ser ocupada e anexada ao império Inca.
Um dos grandes achados arqueológicos encontra-se no museu da Universidad Catolica de Santa Maria, a múmia batizada de Juanita por seus descobridores. Encontrada congelada em meio às geleiras, a múmia dessa garota Inca de idade estimada entre 12 e 14 anos, é uma das múmias mais bem preservadas já encontradas. Juanita foi um sacrifício Inca feito à Montanha (as montanhas são deuses, lembram-se?), mas o motivo do sacrifício é um mistério.
Os Incas realizavam sacrifícios em nome dos deuses, para pedir chuvas, uma colheita fata etc. Pedidos simples exigiam sacrifícios simples como animais. O sacrifício de uma criança era algo extremamente importante e feito apenas em casos extremos como conter um vulcão em erupção que ameaçaria todo o povo.
Outra grande atração da cidade é o monastério de Santa Catalina, que ocupa uma área de 20.000 metros quadrados, fundado em 1579 e ainda lar de um grupo de freiras. Este, para visitar, é meio salgadinho: 30 soles, e infelizmente não consegui tempo para fazer a visita.
Nazca e Chauchilla
De Arequipa seguimos para Nazca. Essa pequena cidade localizada no meio do deserto possui aproximadamente 20.000 habitantes e, como a maioria das cidades peruanas, vive quase exclusivamente de turismo. A cultura Nazca e Cahuachi, que habitavam a região, sobreviveram até o século VIII d.C. antes mesmo do início do império Inca, mas deixaram uma herança cultural muito grande na cerâmica e tapeçaria.
É aberto para turistas um antigo sítio arqueológico, o cemitério de Chauchilla. Situado nos arredores da cidade, o cemitério tem conservadas múmias e tumbas escavadas e muito bem preservadas. Interessante que o clima seco e desértico preservou muito bem as múmias e os esqueletos a ponto de estes possuírem ainda intactos os cabelos, que não foram deteriorados. Assim foi possível perceber uma característica da cultura Nazca, o tamanho do cabelo definia a classe social de cada um.. quanto maior o comprimento da trança, maior seu status social.
Apesar da região de Nazca ser repleta de áreas de mineração e de ter prata facilmente encontrada, o que mais atrai pessoas (turistas) são as famosas Linhas de Nazca.
As linhas são geoglifos situados no meio do deserto feitos pelos Cahuachi e durante muito tempo.. aliás, até hoje não se sabe muito bem qual era a sua finalidade, mas a teoria mais aceita é que as linhas e desenhos são representações de constelações que marcavam um calendário religioso.
Calendário religioso ou ponto de pouso para ETs, as linhas são fenomenais. Para visualiza-las é preciso pegar um voo no aeroporto de Nazca. Os voos são agendados em qualquer agência de turismo e custam em torno de 100 soles. Meia hora no ar e quase um estômago para fora (aviões monomotores não pressurizados podem acabar com o seu café da manhã, portanto não vá de barriga cheia).
Das diversas figuras, as mais claras (e famosas) são o colibri, o macaco e a aranha, mas é possível identificar linhas e figuras geométricas em meio aos desenhos.
Ica

Em Ica foi possível visitar algumas adegas (ou Bodegas, como são conhecidas) de Pisco, ou destilado de uva. Sim, há degustação e depois de visitar (e degustar) 3 bodegas, dá pra sair trançando as pernas. A vantagem do destilado de uva é que pode ser feito com vários tipos de uva e em vários estágios de amadurecimento, o que garante uma variedade muito grande de Piscos. Aromatizados, puros, mesclados etc. Dá para perder o paladar antes de terminar de experimentar todos.
Mas em Ica, certamente a maior atração é Huacachina, um Oasis no meio do deserto. Hoje é mantido artificialmente para atrair turistas, mas não deixa de ser espetacular por isso.
De Ica, retornamos a Lima e depois, de volta ao Brasil. Essa é uma viagemq ue recomendo a qualquer pessoa fazer. Foram 13 dias tão ricos que pareciam dois meses. Apesar do pouco tempo, conseguimos ver e fotografar muita coisa. Dica: dá para se virar muito bem sem precisar de pacotes com aências de turismo, basta ser organizado e fazer um roteiro prévio. Quem estiver interessado em viajar e quiser algumas dicas ou perguntar alguma coisa, pode entrar em contato através dos comentários ou por e-mail.
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