terça-feira, 28 de julho de 2009

Peru - parte 1

Olá, crianças. Voltei de férias e vou aproveitar que viajei para um dos lugares mais fascinantes que já vi para falar desse país que tem uma cultura, ou culturas, fantástica. Estou falando do Peru, país que abrigou o império Inca entre os séculos XIII e XVI e hoje tem uma diversidade cultural absurda. Mas para isso não virar uma aula de história maçante, vou misturar um pouco da história com costumes locais e lugares que visitei. Como esse post ficou gigante, está dividido em partes.

Os viajantes, para registro, são eu e a Viviane, do bog http://vivi-japeta.blogspot.com. Ela também fez posts sobre a viagem, quem quiser ler mais, acesse lá. Passado o jabá, vamos hoje à primeira parte, seguindo o itinerário da nossa viagem, começando por Lima, a capital do Peru.

Não vou falar dos Incas agora, a cidade de Lima foi construída durante a ocupação espanhola, no final do império e quando os espanhóis já estavam dando um corre em todo mundo. Então deixo essa parte para a história de Cusco, que era a cidade central dos Incas.

Logo, ao desembarcar, já é possível notar um contraste social tão grande como no Brasil. A região central preserva prédios históricos e coloniais enquanto bairros como Miraflores e San Isidro ostentam uma arquitetura moderna e hotéis de luxo.

Mesmo no inverno, o clima não estava frio, mas é bom sempre levar uma jaqueta ou blusa na mochila, já haviam nos avisado que, como São Paulo, pode mudar de uma hora para outra. Mas por enquanto tudo certo e saímos pela manhã para andar sem rumo pela cidade. Como praticamente todas as cidades do Peru, Lima possui uma Plaza de armas, praça central e marco zero da cidade, fundada em 1535 por Francisco Pizarro, durante a ocupação espanhola que durou até o início do século XIX. Na Plaza de armas situam-se o palácio do governo, a catedral de Lima, o palácio do arcebispo, palácio municipal e o palácio da união.

Lima foi um centro comercial para os espanhóis e rota de comércio que ligava as cidades portuárias do pacífico. Por ser uma cidade litorânea, era alvo de ataques piratas constantemente, o que forçou os espanhóis a construírem um enorme muro ao seu redor, protegendo a praia. Hoje existem algumas ruínas desses muros que estão preservadas e cercadas por prédios e avenidas, mas é possível visitar algumas áreas protegidas. O porto original foi destruído junto com muito da arquitetura local em um terremoto no século XVII. O porto foi reconstruído, mas com um estilo totalmente novo.

Também pelo centro histórico passamos pelo Convento de São Francisco, que existe desde o século XVIII. O convento foi, durante muito tempo, lugar aonde os padres e pessoas de maior poder econômico sepultavam os mortos nas suas catacumbas numa época que a cidade ainda não possuía um cemitério. Há histórias que contam que estas catacumbas serviam como caminhos subterrâneos que ligavam o monastério à Catedral de Lima e outras igrejas. Interessante é ver que elas foram construídas também como abrigo em caso de terremotos, já que sua estrutura absorve a força do tremor de terra, não deixando a estrutura (e o convento em cima) desabar. Hoje estão abertas à visitação, a entrada custa 5 nuevos soles e o horário de visitação é das 7h às 11h e depois das 16h às 20h.

Miraflores, ao contrario do centro, é a parte contemporânea da cidade, com grandes hotéis, lojas e uma vista espetacular para o oceano pacífico. Quem quiser, pode voar de paraglider, saindo dos penhascos e sobrevoando o litoral. Não consegui porque já estava anoitecendo, mas para quem curte, é uma boa. O bairro também possui vários shoppings – incluindo o famoso Larcomar, um shopping aberto com vista para o pacífico. Quem gosta de um lugar bonito para fazer compras, é o lugar certo, mas o preço é inflacionado. Melhor mesmo é comprar nas feirinhas que ficam espalhadas pela cidade, onde é possível pechinchar.

Esse, aliás, é um costume em todos os lugares no Peru. Como poucas coisas possuem preços tabelados, ninguém nunca paga o preço inicial dos vendedores, que é feito para turistas. As vezes a negociação pode cair para menos da metade. Isso inclui táxis; como nenhum tem taxímetro, é preciso combinar o preço antes de entrar no carro (o primeiro valor que recebi para uma corrida era de 16 soles e o valor final ficou acordado em 8). A essa hora já estava começando a escurecer e lembram que o clima podia mudar rápido? Pois mudou. Então fique prevenido.

Uma dica importante para quem gosta de café. Misture água quente antes de tomar, o café deles vem super concentrado e mesmo assim não tem um gosto muito bom. Misturar com leite é uma boa.

Primeira parte da viagem é essa. A seguir, Cusco , o Vale Sagrado dos Incas, linhas de Nazca, lago Titicaca e Machu Picchu!

Para quem quiser saber mais, alguns links interessantes de Lima:

http://www.museocatacumbas.com/
http://www.arzobispadodelima.org/iglesias/catedral/index.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Plaza_Mayor,_Lima
http://www.larcomar.com/

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O valor do amanhã

Já pensaram no significado da dieta? Por que alguém pensaria em fazer um regime? Pense bem, você tem ao seu alcance todas as guloseimas capazes de satisfazer os caprichos de seu paladar. E o que você faz? Você se priva disso!
Sem dúvida existe um motivo. Agora a pergunta, quais são as razões que fariam você abdicar de uma coisa prazerosa no presente?
Conseguir alguma coisa mais interessante no futuro? Talvez. Então se você está pensando em ter um corpo esbelto ou simplesmente está preocupado com a sua saúde no decorrer dos anos, a atitude mais coerente seria controlar a sua alimentação.

É claro que eu peguei um exemplo bem simples, mas é por esse caminho que o livro O valor do amanhã de Eduardo Giannetti, tenta explicar o que são juros.
Definindo juros como uma troca intertemporal, o autor nos apresenta as seguintes linhas de pensamento para guiar o que será explanado depois: "Pagar hoje e viver amanhã" ou "viver hoje e pagar amanhã". Tudo tem um preço e cabe a cada indivíduo escolher o que é melhor.

Uma coisa que eu achei bastante interessante do livro, é que ele nao se limita a fazer o discurso de "se quer viver bem no futuro, precisa guardar X% de seus vencimentos e será um milionário". Indicando outras possibilidades, ele diz que também é legítimo escolher a opção do viver agora e pagar depois. Tudo isso depende da natureza da sociedade em que o indivíduo está inserido, mas que esta liberdade de escolha não tem valor se as pessoas não forem capacitadas a exerce-la. E esse ponto é um ponto importante. Não damos a atençao devida a educação e isso faz com que a maior parte das pessoas fique despreparada para lidar com as escolhas.

É fácil notar que o assunto finanças pessoais, economia ou qualquer coisa do gênero está longe de ser uma especialidade minha (apesar do meu recente interesse no tema).
E como leiga, eu posso dizer que este livro é interessante não apenas para aqueles que pretendem entender melhor a natureza dos juros. Essa leitura é relevante para todas as pessoas que negociam com o tempo. Enfim, todos nós.
Bom... Acho que é isso.